Agora quando fecho os olhos e suspiro
não tenho mais a esperança de um trago.
Morrerei com a garganta seca
e os passarinhos à minha janela
gritam desesperados -
"não, poeta!"
Mas é tarde.
O fundo do poço
secou e lá não posso
cruzar as pernas e voar.
As nuvens brincando
confortam os passarinhos.
Brincam mudando de rosto,
e o que vejo? Eu sorrindo.
Riso amplo e confortável
de quem lavou as mãos
e não bebeu do vinho.
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