A minha altivez vem da forma
que me sento para escrever poema.
Estufo o peito,
respiro pra dentro,
encolho o abdome.
Somente assim consigo
lutar contra os dragões.
Dizem que temos de matar um leão por dia
para continuarmos vivendo com coragem.
Eu não mato leões -
eu lhes dou de beber.
Os leões não reclamam da água
que lhes ofereço - às vezes água
de chuva, às vezes água
do mar.
Só uma vez, que me lembre,
perdi o braço - acreditei
em um leão dormindo.
Meu filho, nunca entres em uma jaula
ou em uma cova com leões
mesmo que digam
que és santo.
Perdi um braço,
mas eis-me cá insone
usando os dois braços:
o poema depois que começamos
juntar os ossos é um trabalho infinito.
E vamos juntando esses ossinhos. Cada hora formamos uma peça diferente. No final de uma vida teremos muito a contar hein!!!
ResponderExcluirGostei muito!
Abraço!
Olá Lacaio! Como me encanta ler suas poesias! São metáforas bem pensadas e aplicadas, adoro! Um beijo de fera pra ti grande Poeta.
ResponderExcluirAh, os leõs, os leões!!!!
ResponderExcluirBeijos, poeta
quem foi que disse que o leão é feito de cordeiros assimilados,
ResponderExcluirabraço irmão