quarta-feira, 12 de março de 2014

sonhos de um monge

Quando morrer serei um guarda-chuva:
altivo pendurado no braço
da estante de ferro.

E aos primeiros pingos de chuva
correr humilde às mãos
do meu dono.

Haverá o dia de vento forte
pano avesso raios partidos.

Não irei longe
além de um telhado.


Um comentário:

  1. Serás um guarda-chuva que abrigará passarinhos no telhado!

    beijos, querido!

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