Por força da poesia pensamos
que além dos nossos ossos
alguma coisa etérea
sofrerá
com a partida
do corpo.
Só então dou-me conta
que os poemas não partem.
Que a vaidade,
sim, leva-se
à cova.
A coisa etérea
com a morte
do poeta
não se precipita nem voa:
ela encontra outro amante.
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