Sempre tive poucos amigos.
Ou quase nenhum.
Não me amedronta a tristeza
dos meus tênis e chinelos.
O que me aborrece
é nunca ter uma alma viva
que me dê banho se estou doente.
Ainda não domino a língua dos pássaros.
Mas um dia há de entrar por aquela janela
um bando de andorinhas: que maravilha será
a assepsia que farão nas minhas costas com seus bicos.
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