Não vi uma só lágrima, linda Tikuna,
descendo por teu rosto enquanto
as anciãs sob cânticos
dos antepassados
pelavam-te
fio a fio
os negros
cabelos.
Já bebi uma tigela de pajuara
veio-me coragem pra falar
com o pajé a respeito
do amor.
O grande pajé me disse
pra eu me aquietar no meu canto
que o coração de uma Tikuna nada dócil.
Prometi que viveria em uma palhoça
na curva do rio por toda a eternidade
a esperar por ti, linda Tikuna,
mulher forte.
O pajé gargalhou
e me enfiou goela abaixo
mais pajuara - eita, eita, eita!
Agora terei que lutar
contra os mascarados.
Alguns
(suspeito)
rivais meus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário