Não se compadeça do rim
que você extrai de um poema.
Ou de um pulmão ou parte do fígado.
Só não bula
com o coração.
Deixe-o fraco, arrítmico,
com ares de pouca vida.
Mas não mexa
com o coração.
As fadas nórdicas
disseram-me que morrer dormindo
é um sonho infernal que faz mal ao poeta.
Pule com seus filhos
os bancos da praça.
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