À noite os animais nunca vistos
saem da toca e passeiam -
se houver caça,
caçam.
À noite eu entro em um mundo fantástico
sem ajuda de ópio sintético ou natural.
Dentro do meu coração
escondidos entre cavidades
os animais saem da toca sanguínea
e passeiam pela casa com olhos de membrana especial.
Se houver caça,
eu também caço.
E há, sempre há:
objetos falando alto,
insetos em volta a picar-me,
a torneira pingando ainda quebrada.
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