Não tenho medo de caminhar sozinho
até os fundos do casarão dos meus avós
tampouco de atravessar aquele corredor imenso
e escuro, mas eu tenho muito medo de morrer
nos seus braços lendo Camões.
Explique ao meu coração esse desajuste.
O que lhe bate forte, tambor africano
de pele de zebra, é motivo
para que feche os olhos.
E o meu coração sabe
mais que eu e como ninguém
fechar os olhos com exuberante melancolia.
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