sábado, 27 de julho de 2013

cruzada

Se o meu coração tem uma vida à parte,
o meu sincero propósito é seguir essa criança.

Caminhada árdua, mas enquanto caminhar
estarei atento como em noite de lua cheia
atravessa o mar a minha sombra.

Ninguém segurou as minhas mãos
quando tentei uma viagem sem volta,
portanto ninguém segurará minhas pernas
a impedir que eu caminhe e suba a montanha.

Com o tempo o coração,
pequena criança, se dissipará
lentamente aí poderemos beber
o nosso sangue uma grande taça
de água pura sem demências e fúria.

E haverá sossego no meu olhar -
mais que brilho e sonhos.

Os mortos que de dentro de mim morreram
serão cobertos de respeito, porque um dia
foram eles o princípio da partida.

Mas aos mortos
um adeus festivo.

O que seguirá será o novo
o doce deslumbre e as palmas das mãos
abertas e bem vistas ao olhar do próximo.

E eu direi risonho -
"Não trago armas,
vejam a pureza
do coração."


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