Você me diz sorrindo
morrendo de felicidade
como se tivesse descoberto
um tesouro, botija, moedas de ouro
no quintal do casarão dos seus avós
que ao estar contente
eu ponho a língua de fora
e mordo os lábios - e isso, ressalta,
apenas ocorre em dois momentos
da minha vida: quando escrevo versos
ou quando lavo louças do jantar e almoço.
Só acrescento que o fato de pôr a língua de fora
e morder os lábios quando lavo as louças
é na verdade por que já vejo
versos à altura do seu olhar.
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