Preocupa-me a ausência das formigas
pela mesa depois do lanche, preocupa-me
a meia fora da bota, a lágrima preta do café
marcando a face da minha xícara como o rímel
marca a lágrima da minha menina por seu rosto branco.
Preocupa-me o tombo, a perna contra a quina da cama
e nenhuma dor, preocupa-me a eternidade dos óculos
que me dizem mesmo mortos nunca largarão
os meus olhos.
Preocupa-me sobretudo outras mulheres
que desejam roubar a minha pequena
dos meus braços.
E fogem do controle
e me empurram
do abismo.
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