A gente priva-se de tanta imagem
quando vacila e se estende
ou equivocado extrai
um ou outro verso.
Difícil na construção do poema
aquele instante em que mente
e invisível perdem o contato.
Se a gente é todo arrebatado
o poema se assemelha
a uma epístola escrita
por alcoólatra.
Entretanto se a gente muito meticuloso
lembra o poema um rosto de terrorista
ensaiando os passos do trágico ataque.
È claro que tem aquele tipo de poema
[fruto da misericórdia dos fantasmas]
que desce ou sobe sei lá
todo completo sem vãos.
Esse tipo de poema
escrevo normalmente
nos sonhos e acordo
com os versos soltos.
Aproveito e só enfeito
com lacinhos e fitinhas
as palavras e as túnicas.
Mesmo assim se não houver prudência
perde-se a obra completa do milagre.
Nos outros casos
tento manter elos
pontes e calçadas
entre a mente
e a possessão.
É tão natural o poema
quando possuído ainda
distingo mãos de orelhas.
Uma criança deve saber no fundo da alma
o que tem mais valor: se chocolate
ou um plantio de nuvens.
Me sinto assim...
ResponderExcluirQuantas vezes me irrito quando um verso me surge e os outros por pirraça se negam a segui-lo...
Abraços
Aprendendo a apreciar tuas letras
AeSSeCê
Meu camarada Lobo Poeta,
ResponderExcluireis o nosso penar e também
o nosso bom combate
...
Forte abraço.