Só parei de beber.
Mas continuo o mesmo canalha.
Amigo dos passarinhos e das formigas.
Depois de tanto tempo na estrada
hoje acendeu-me uma luz na cabeça
e outra no espírito: eu não me conheço.
Esse tempo todo na estrada eu não caminhava, seguia as nuvens.
Esse tempo todo na estrada eu não caminhava, apontava estrelas.
E convenhamos: o que as nuvens fazem de melhor é iludir
e as estrelas são mestres em nos fazer sonhar.
Só parei de beber.
Mas continuo o mesmo maluco.
Dormindo dentro do guarda-roupa
e acordando debaixo da cama.
Amigo dos passarinhos
e amigo das formigas.
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