Finda-se o carnaval e eu não lavei o banheiro.
Patético.
Cheguei a escrever um samba.
Mas tudo não passou de poesia e de vento.
Sequer tive tempo para perceber que as meias
permanecem afogadas dentro das minhas botas.
Seria uma coisa tão simples:
lavar o banheiro somente.
E eu não o fiz.
Imperdoável.
Se houver amanhã (e sempre há)
juro que pelo menos trocarei as meias
e darei uma escovada nas orelhas das botas.
Apesar do embuste posso vangloriar-me
de não existir uma louça na pia
nem uma cueca mofada
debaixo da cama.
[notou que sumiram
as baratinhas?]
Também tenho meus méritos.
Quanto ao banheiro,
fica para sábado.
Prometo.
Afinal sou um poeta
não sou um rato.
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