Não é da dor
que se trata.
O pavor
é o grande
cínico inimigo.
Meus filhos fumam ópio
e namoram ouvindo canções
da minha mocidade filosófica.
As portas abrem-se
e jardins secretos
são vistos.
Nenhum dos meus filhos
foge da luz e da delicadeza.
Se chove
banham-se
da tempestade.
E vão às calçadas
com seus bermudões
e seus risos incontroláveis.
Meus filhos
são fortes
e belos.
Não temem a morte prematura
nem o pânico das multidões.
Fumam seus ópios,
leem seus livros,
namoram
ouvindo canções
da minha mocidade
de encantos e decepções.
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