Não me lembro
de quantas vezes
e por quanto tempo
o meu coração parou.
Acredito que durante
as milhares de vidas
que tive.
Na infância era tão comum o meu coração parar de bater
quando nuvens mudavam de fisionomias em cumplicidade
com os pensamentos
do meu espírito
de criança.
Dragões, corsários,
trens, moinhos,
cavalos -
em questão de segundos
transformavam-se
em montanhas,
xícaras,
botas.
Assim,
do nada.
A partir da mocidade
foram as mulheres
a causa única.
E até hoje
meu coração
vive parando:
Advogadas,
dentistas,
colegiais.
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