Ainda hoje
uma formiga
encanta-me:
a sua solidão excessiva
e aquele silencioso desprezo
por tudo que não é alimento.
Na infância
seguia-lhe
os passos
até o princípio
da magia
onde esqueletos de lagartixas
(que lhe serviam de ritual)
amontoavam-se
entre folhas, flores
e tenras asas de insetos.
Quantas picadas
eram tão comuns
para quem só tinha
no coração a ânsia
do encantamento.
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