sábado, 28 de março de 2020

Libélulas

Não me causa estranheza
em tempo de pavor
e mortes

ter sonhado
com o sinal
da tua coxa

que parece
um navio
fantasma.

Afinal, meu docinho,
foi o sinal da tua coxa
(aquele navio fantasma)

que me levou
ao confinamento
nos porões do castelo.

Pena que parei de beber rum
e os barris de excelente aroma
só me servem para fazer fogueira
e aquecer as baratas das tristes paredes.

2 comentários:

  1. A íntimidade com que os animais da tua poesia conversam é tão lúdica, adoro!
    beijo

    ResponderExcluir
  2. beijo, querida e doce poeta Luiza Maciel Nogueira...

    ResponderExcluir