Então chegada a hora
de te pedir perdão
e pintar tuas
unhas.
Dei voltas escrevendo
sobre plantas e pombos
fugindo da tua presença.
Mas eis que chegada a hora
de ir pescar pérolas na tua caverna
no fundo do mar em áreas misteriosas.
Fiz o possível
para terminar
de ler o livro.
Mas como passar as páginas
se os meus dedos se grudam
nas lembranças de teus cabelos?
Espera que já monto no meu cavalo adornado
de medalhas de latão e máscara de fios de ouro.
Ao ouvires o trote sobre a tua rua
mira a espingarda de teu avô
e acerta o meu peito.
Não corras, docinho,
pra ver o meu sangue.
É tão triste e vã
a morte do poeta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário