sexta-feira, 6 de março de 2020

Inocência

Os cães farejadores
amam os poetas.

Nunca ouvi falar que um cão farejador
flagrasse uma trouxinha de maconha
no bolso do bermudão do poeta.

Às vezes (só por pilhéria)
os cães farejadores correm
ao encontro dos poetas e balançam
o rabinho, reviram os olhinhos e cheiram
os tênis, as botas e os mocassins dos poetas
mas depois latindo seguem viagem os palhaços.

Já vi muitos colegas
infartando na pracinha.

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