terça-feira, 17 de março de 2020

Sintomas

Lavo minhas mãos
com eau de l'arc

e escrevo cartas
isolado na varanda.

Voltei a escrever cartas
e pedir aos pombos
que entreguem
meus versos

atrás da igreja
entre macieiras

onde camponesas
disputam meu coração
alfinetando um boneco.

Não posso montar no meu cavalo
e raptar as mulheres da aldeia:
a minha garganta dói,
tenho febre.

A minha tosse
é quase um blues.

2 comentários:

  1. Luiza Maciel Nogueira17 março, 2020

    Salve poeta! Se cuide!

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    1. beijo carinhoso, querida poeta Luiza Maciel Nogueira... Salve!

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