sábado, 6 de junho de 2015

Durante toda a minha vida
Não me lembro de ter existido
Fora de mim mesmo: Não sou
O morador, sou a própria casa.

A casca do ovo,
O núcleo da gema.

Quando vi vocês
Com seus martelos
E ferramentas pensei

Epa, vão me tirar à força
Da minha cabeça, sabe naquela
Noite alguém entrou e era você
Tão linda com seu vestido de peles.

Uma ave de ribanceira,
Uma codorna ferida.

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