Que história é essa de parar o tempo.
Não teria graça a eternidade do contentamento.
Você suportaria saber que a sua morte é tal dia?
Houve um tempo
Em que eu amava
Heráclito de Éfeso.
E no meu jardim de infância
Já tinha calculado minha cova.
Então chegou uma formiga
Comeu uma folha e sumiu.
Não faz sentido o meu coração
Nessas horas em que não me pertenço.
O meu único amigo é quem me fala aos ouvidos.
Não escrevo à toa
Tudo que ouço.
Nada dessa conversa
De parar o tempo,
Por favor.
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