sábado, 13 de junho de 2015

O que seria de você
Se eu fugisse.

Abrisse aquela porta
Pra comprar pães
E não voltasse.

A qual andarilho você doaria
O meu fígado de Prometeu
E minha caixa de Pandora?

Você não teria mais as minhas mãos
Pra dar tiros no escuro nem meus suspiros
Dentro de garrafas de vinho em noites loucas.

A qual fantasma você ofereceria meus medos tolos,
Minha insônia ridícula e a minha libido exuberante?

Sua sorte que apostei meu coração
Nesse negócio de poesia.

Uma fortuna
Incalculável.

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