segunda-feira, 29 de junho de 2015

I
Existem poemas que retornam pra casa
Confiando nas árvores e passarinhos
O caminho de volta.

Esses poemas pródigos
Trazem da floresta encantada
Gravetos fabulosos que jogados
Ao fogo sobem fagulhas de amor.

Dá pra ver de longe, de muito longe,
O brilho da aurora boreal pela chaminé.

                             II
Segunda-feira não é dia
Pra escrever um poema
Meloso de amor e fábula.

Disse-me a formiga
Do alto da colherinha.

E não pensou duas vezes
Em morrer dentro do café.

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