Descobriram os meus podres.
Agora toda a vizinhança sabe
O que aprontei quando criança:
Fumava da folha seca de bananeira,
Abria barrigas de lagartixas, atravessava
Palitos de picolé nos abdomes de cigarras,
Prendia vaga-lumes em pote de vidro até cansarem de brilhar.
A sociedade livrou-se de um psicopata
Por pura generosidade da poesia.
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