Cada poema
tem sua história
que não é a do poeta.
O poema convida
para se fazer palpável
o que não conhecemos.
O poeta nem o leitor
imaginam a verdadeira
função histórica do poema.
O poema não é um breve
suspiro e suspensão de ideias.
Há cadáveres
e flores virginais
que se debruçam
sobre as palavras.
O poeta não sabe disso,
e portanto para alcançar
o mais tenro do pensamento
escreve o que ouve do poema.
O poema é senhor
em si mesmo, filho.
E tudo que parece
ditado e escrito
pelo poeta
é tão cheio de vapores
quanto os sussurros
das cavidades
do coração.
O poeta se expressa
fingindo-se soberano
do que por vezes sente.
Mas o sentido das coisas
(das coisas do poema
e das coisas do poeta)
não cabe
em versos.
E o poeta recebe em troca
por sua devoção a experiência.
os poemas nunca são do poeta, são de quem os lê
ResponderExcluirsão de todos e de ninguém
e não se esperem rosas ou moedas
(e agora um beijinho imenso, deste lado, esperando que estejas bem!!!)
Ah, querida poeta, feliz por sua voz... beijo, beijo...
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