Nunca lhe passou pela cabeça
que os versos que escrevemos
não há por finalidade o ego?
Nem aprovação
ou ódio do outro?
Os versos que escrevemos
conscientes ou sob transe
são obras antigas de seres
que vivem suspensos sobre
nossos ombros e nossa nuca.
Se chegamos a vê-los
em vários níveis de luz
fingimos que é realidade.
E o que nos pode iludir
quando a alma entende
que fulanos viajam
em nosso sangue?
Nem para o bem
nem para o mal.
Apenas se debruçam
sobre nossos ombros
e beijam nossa nuca.
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