Quem serve a um senhor
ainda que iludido
diga-se liberto
é discípulo.
Quem serve a dois senhores
ainda que cínico se diga esperto
é uma alma triste, pesada e inútil.
O grande prazer do poeta
é assistir a suas ideias consumidas
e toda a sua crença em perfeita suspensão.
O poeta serve
ao fim do poema.
Somente ao fim do poema
e à sua infinitude possessa.
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