Sei muito bem
pra onde vão
os poemas:
Pra dentro
das garrafas
dos náufragos.
Não existe cemitério
para as palavras, baby.
O que os poetas fazem
é construir a eternidade
sobre bases transitórias.
E mesmo depois
do castelo de cartas
ruir diante dos seus olhos
o poeta ainda pensa
escrever o último
verso em papel
de pão.
Os elefantes,
esses sim seguem
a história da bondade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário