Ao teu lado por muito tempo
descobririas tiques e segredos
que devem permanecer únicos
às minhas formigas e às portas.
O nosso amor perderia o viço
se pendurada aos meus ombros
fosses pouco a pouco desvendando
as caretas que faço e os frêmitos
quando escrevo e me desligo.
E quão forte seria teu choque
ao perceber que o poema
nunca vai embora
sem que me beije os dedos
e passe a língua nas orelhas.
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