sexta-feira, 18 de outubro de 2013

índia

para Tania

Olha, apaguei a luz do quarto
para te escrever este poema
pois do escuro gostamos
e não temos medo -

na cabana,
águas em volta,
entidades felizes.

O que tu puseste
em meu cálice,
senhorita?

Como se agora
eu ouvisse teu coração
a festejar o dia de amanhã.

Não sei o que tu misturaste
ao meu vinho - ácido
ou lírios?

Sei que a luz do quarto apagada
mais lúcido e doce vejo em volta
os meus objetos dormindo felizes.

São todos loucos
de almas curiosas.


Um comentário:

  1. Eu que fiquei completamente embriagada com essa maravilha de poema! Bruxo-poeta entontece...Obrigada, garoto! Presentaço...

    Beijos,

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