A serpente cínica que louva
o seu inútil veneno parece
não entender que sangue
de poetas
é um sangue
em que borbulham
só os venenos dos versos.
Quem morre
é quem não entende
que a poesia não tem princípios
senão o de rodopios dentro da gente.
A escolha foi minha
ser paralítico
e viver
rastejando pela casa
a lamber as pegadas
das minhas formigas.
Não me interessa a morte
sem a ilusão e o peso
da poesia.
Doce, o veneno da Poesia!
ResponderExcluirUm beijo