Se você acredita no meu amor,
deixe-me antes beber meu café.
Não acredite, senhora,
sou um canalha e o idílio
é a minha natural postura.
Dos sonhos tão singelos
tenho apenas uma ambição:
escrever poemas
até que a mão
caia de lepra.
Quem sabe então
um sujeito comum
sem mãos de poeta
eu acredite no encanto.
Mas por enquanto,
minha senhora,
sou patife
e o meu flerte descarado
é apenas um truque
de amar o fardo
da vida.
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