domingo, 7 de julho de 2013

pena de corvo

Será tarde um dia,
mas em mim não é novidade
a ausência: essa pele
dentro do meu olho
que me ajuda
a enxergar
a morte.

Beba o seu café,
o seu espumante,
o seu chá, querida.

O peso de uma pena de corvo
curva meus ombros e nunca
chegarei na hora anunciada.


2 comentários:

  1. É incrível a quantidade de bons poemas que consegues fabricar em tão pouco tempo. E tudo parece tão simples, de tão poucos recursos... Fico espantado. Suspeito não és tu um homem... Diz teu nome legião!

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  2. Que poesia mais escorpiana, bem o meu número, e essa pele dentro do olho, nossa, poeta querido, eu adorei.

    Beijos,

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