quinta-feira, 11 de julho de 2013

matriarca de abstrações

Poesia é uma mãezona
que não deixa de amamentar
seus filhos nem depois dos quarenta.

Ainda velhinho estarei
com a boca murcha
grudada aos seios.

O prazer é recíproco
pois ouço bem os seus suspiros
quando mordisco seus bicos a cavar palavras.

E ela canta à minha alma - "mama,
mama nas tetas da tua mãezona
que esse leite é sagrado
se finda um dia
estás morto..."


Nenhum comentário:

Postar um comentário