Poesia é uma mãezona
que não deixa de amamentar
seus filhos nem depois dos quarenta.
Ainda velhinho estarei
com a boca murcha
grudada aos seios.
O prazer é recíproco
pois ouço bem os seus suspiros
quando mordisco seus bicos a cavar palavras.
E ela canta à minha alma - "mama,
mama nas tetas da tua mãezona
que esse leite é sagrado
se finda um dia
estás morto..."
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