sábado, 13 de julho de 2013

a ponte é um abismo

A marca de vacina no meu braço
o sinal na artéria do meu membro
tu bem conheces.

Não posso, portanto,
chamar-te de fantasma.

Sei que é imperdoável
essa minha mania de olhar
para a alma de uma mulher
ao mesmo tempo em que olho

desavergonhado para os seios - e se ela se vira
meus olhos descem pelos cabelos até o quadril.

Fantasma não belisca
nem nos fuzila em silêncio.


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