Nenhum vestígio de bálsamo no meu sangue,
entretanto os olhos brilham feito bundinha
de vaga-lume.
Não existe promessa para amanhã -
dia de sol, surpresa amorosa,
contudo minha mente voa
qual a plumagem de gaivota
em voo rasante pela montanha.
Meus dedos estão no lugar,
mas vejo neles escamas
de um peixe misterioso.
Ah, essa minha alma de pajé,
de xamã, homem de chapéu preto
passeando pelos becos de Portugal...
É isso que todos desejam: uma boa digestão, sobretudo da leitura de um bom poema.
ResponderExcluirAbr., poeta,
A tocar o surrealismo e, no entanto muito próximo do quotidiano.
ResponderExcluirLídia