Mudei de café.
Se antes era forte,
agora é mais torrado e moído.
Ao primeiro gole
meu coração salta
da poltrona confortável.
E as minhas mãos trêmulas
alisam minha barbicha
crendo na morte
imediata.
É muito bom mesmo esse café.
Morto escrevo tranquilo
na paz do meu quarto.
Pergunto-me o que lhe interessa
se mudei de café e se morto
escrevo tranquilo -
quanta coragem,
meu deus, temos
nós poetas em abrir
nossas almas pras coisas
mais tolas e insignificantes.
Mas é bom mesmo esse café.
ResponderExcluirAh, que imenso momento, Amigo Meu!...
Tem vida, a própria vida, cada palavra!
Imenso Abraço, Domingos!!!
Lb