Logo que o dia amanhece
meu coração escapa
da caixa torácica
e sentado na varanda
ou no fundo do quarto
passa horas,
às vezes manhãs inteiras,
imaginando o que vai tirar
das mangas: se um poema
terno cheio de margaridas
ou se um poema maluco
com o nariz inchado
de tantas abelhas.
Uma coisa é imprescindível:
sua xícara de café sobre
a escrivaninha.
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