Pergunto-me onde a minha gentileza
diante do novo cabelo da plantinha
da varanda.
É tão natural essa constante mudança
de cores e penteados em suas tranças.
Mas eu - idólatra do pensamento -
olho pro lado e disperso-me
a admirar aquele inseto
sombra na parede
que parece sorrir
alongar as pernas
presas ao chiclete.
A plantinha igual a toda mulher
que embelezou os cabelos
(corte e luzes) magoa-se
com a minha distância.
O vento frio lhe bate na nuca
e ela sucumbe, triste, solitária.
Fecho a janela da varanda -
cruel não entendo
um novo amor.
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