O meu cheiro é forte.
A minha língua é doce.
Mas é hora de fechar a porta
e passar três ferrolhos:
um na cabeça,
outro no coração
e o último no ventre.
As plantas na varanda
nunca foram minhas.
É triste despedir-se do vazio
enquanto o bermudão sorri
com seu zíper aberto.
O meu umbigo é um olho de sapo.
Vou-lhe pregar uma argola cirúrgica.
Sabe por que levanto pesos?
Para quebrar os dentes do meu chefe.
Tiveste ciúme supondo que era para encantar damas
ninfas e sacerdotisas. Não, meu bem, é mesmo para
esmurrar forte e não escapar nenhum dente brilhando
naquela cara estúpida do meu chefe que odeia poesia.
As plantas na varanda
nunca foram minhas.
Os meus livros são coxos inúteis
que sequer andam pela estante.
Precisam de fogo.
O quarto e a casa toda.
Já fechei a porta
e passei três ferrolhos.
Isto é que é determinação! (ou seria apenas a força, o poder das palavras buriladas?)
ResponderExcluirEsses chefes odeiam a vida. Quantos os não há fixados em relatórios e estatísticas, que nada veem além das persianas!)
Abraço!
já pensou o cataclismo da combustão de tanta poesia,
ResponderExcluirabraço
você é sempre surpreendente, Domingos.
ResponderExcluirnão cansa essa monotonia de ser todo dia outro?
abraço
" As plantas na varanda nunca foram minhas"
ResponderExcluirE a gente se engana, pensando ser possuidor. Um lamento. Uma vida pode ser um lamento.
Um abraço,
Suzana/LILY
Sshow, meu querido Domingos!
ResponderExcluirO show costumeiro, sem o qual não fico...
Estou sempre sentada na primeira fileira, na cadeira que fica mais perto do palco!
Abraço apertado.
Camarada Paulo, claro que as palavras
ResponderExcluir(como bem disse) têm força suficiente
para provocar o sentimento mas
esses chefes lalastrões precisam
usar dentadura ou fazer implante
afinal o riso deles não mudaria:
tão simplório e falso.
Forte abraço,
camarada.
é o Fogo da salvação
ResponderExcluir...
forte abraço,
irmão Assis.
Wilden, poeta atento,
ResponderExcluirsão essas facetas
que renovam o espírito
...
[ou pelo menos me fazem
menos enfadonho comigo
mesmo]
forte abraço,
camarada.
Suzana, é verdade,
ResponderExcluiré um lamento,um lamento
que chega a escandalizar
e purificar o olho direito
sobretudo ao percebermos
que não somos possuidores
de nada
...
Carinhoso abraço.
Elevada poetisa e amiga Zélia,
ResponderExcluirsempre que sua deslumbrante alma
pousa sobre meus versos é tanta
doçura e gentileza
...
Carinhoso abraço.
Prazer imenso ler a tua poesia, o teu chefe deve ser triste mesmo!!! Deixa para lá, não ouses estragar tuas preciosas mãos, ele é que perde!
ResponderExcluirBeijinho
Querida poetisa,
ResponderExcluirnão se preocupe,
usarei luvas
de cobre
(rsrs)
...
Beijo carinhoso,
Sandra.
sinto pelo olho mágico
ResponderExcluirteu cheiro
tão doce,
quão hortelã
mistura
os ardores
das noites
ao frescores
das manhãs
és um poeta inconfundível!!
três beijos(pra dar sorte).
Cris (Flor Dourada)
ResponderExcluiroutros três em ti
mas de sorte não precisas
já és encantada
...