A essência é tudo que tenho.
Tanto no corpo quanto
nos reflexos dele.
Não preciso plantar árvores
para sentir nas unhas o gosto da terra
tampouco escalar montanhas para que
as nuvens me beijem.
A essência das coisas que estão fora
está dentro de mim com a mesma
inconfundível magia.
Assim é a vida que me transborda
e deixa minha xícara sempre meia.
Assim é o dia que amanhece e traz na juba
o que o leão sacode ao vento: raios, chuva,
gramíneas, poeira, alguns insetos pregados.
Tudo que a vida nos oferece
é esse pacto turvo e diáfano
entre acreditar ou sorrir.
Posso então chamar esse tudo de essência.
E é todo o meu amor esse tudo que tenho.
O poeta sente a dor do mundo
ResponderExcluire nem sabe até onde esse mundo vai
mas tudo vai parar
na essência de suas palavras.
Amei este poema!
Beijo.
a essência exaltada é a mais bem cuidada, pena mesmo eu as vezes me esquecer dessas origens. belo texto
ResponderExcluirabrçs;
esse é pedra de toque, mirra filosofal, substancioso e etéreo
ResponderExcluirabraço
"Assim é a vida que me transborda
ResponderExcluire deixa minha xícara sempre meia."
Deixa-te transbordar para nunca te sentires farto da vida...
Beijinho com exclmação, poeta Domingos!
Lara, de fato, é uma dor tão sigilosa
ResponderExcluirquanto a essência impronunciável
...
Beijo carinhoso.
Camarada João, talvez no esquecimento
ResponderExcluirhaja ainda mais espanto e magia
...
forte abraço.
Irmão Assis,
ResponderExcluiré essa tal nebulosa
que nos condensa
e nos evapora
...
forte abraço.
AnaLuz, que a tua xícara
ResponderExcluirtambém nunca se derrame
completamente
...
[ainda há tantos versos
e tantas surpresas]
beijo carinhoso,
sensível poetisa.