quarta-feira, 6 de abril de 2011

o tolo taciturno

Estou fadado ao vazio
pois tudo que me diverte
em seguida me atormenta

[e é triste a loucura
quando não há inocência]

Diriam, deixa de fingimento
moço sombrio e vive
a preciosidade
do instante.

Digo eu, estou fadado ao tédio
pois tudo que me completa
névoas que vazam
do que não conheço.

E de que adianta o apego ao invisível
se os anéis que se vão também levam
a pele dos dedos.

6 comentários:

  1. "tudo que me diverte
    em seguida me atormenta"

    Perfeito esse poema! Sinto-o na pele.

    Beijo.

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  2. Lara [alma sensível que levita]
    a tua voz é bálsamo
    ...

    Beijo carinhoso.

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  3. Nada de tolo...

    Absurdamente lúcido, se é que me entende.
    Queria ter escrito isso.

    Bj
    Rossana

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  4. Rossana, acredite, você também escreveu
    ...

    Beijo carinhoso.

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  5. Querido amigo...hoje fiz uma visita demorada, tamanha a saudade de andar por aqui. Cada coisa viva que escreves! Mas fiquei mais tempo aqui, compartilhando essa mesma sensação dos dias em que se vão os anéis e com eles a pele...bjo, com muito carinho!

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  6. sempre é um delicado prazer
    tê-la por perto
    ...

    beijo carinhoso,
    Daniela.

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