domingo, 10 de abril de 2011

delirium de nascença

Sempre que faço a barba
a primeira gota de sangue
é sua [você  sabe]

e as bolinhas de sabão
que escapam do creme
são nossos filhos.

Você quando faz as axilas
pensa em poesia?

Não lavo o rosto.

Deixo secarem os cortes
acima dos lábios.

[alguns cílios caem
e colam feito band-aid]

Veja, o vento leva os nossos filhos.
Os que batem nos meus braços
sorriem e espocam.

Outros fazem amizade
com a saboneteira.

18 comentários:

  1. mulheres ficam lindas com saboneteira,

    a
    braço

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  2. É a poesia que está em tudo ou são nossos olhos que a veem em todo lugar?

    Muito bom!

    Linda semana!

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  3. Fantásticas as tuas ironias poéticas!
    beijinho

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  4. Como não pensar em poesia
    quando se está no banho? rs

    Foi assim
    que escrevi
    "Pelo ralo".

    Um abraço
    e muito obrigada pelo carinho
    lá no Doce de Lira!

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  5. Irmão Assis,
    as mulheres ficam lindas
    até mesmo com máscara branca
    no rosto (rs)
    ...

    Forte abraço,
    irmão.

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  6. Valéria, creio que os olhos de uma alma poética são cúmplices da magia
    ...

    Abraço carinhoso.

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  7. Sandra, querida poetisa,
    o mais incrivel que toda ironia poética é de uma seriedade espantosa
    ...

    Beijo carinhoso.

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  8. é verdade, no banho
    a mágica é bem mais
    reveladora
    ...

    Parabenizo-lhe novamente
    por seu seu belo blog.

    Beijo carinhoso.

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  9. o sangue escorre
    pela mão dos homens
    beijo
    Laura

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  10. sangue sagrado
    quando diante dele
    a divindade feminina
    ...

    Beijo carinhoso,
    Laura.

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  11. vestígios de sangue no ventre da mulher e do poema.
    abraço, poeta-amigo!

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  12. entrar aqui é sempre um terror, Domingos.
    você me cutuca, me atiça a fazer toda a lambança de que meus neurônios precisam pra escrever.
    e lá vou eu, reabastecido, lambuzar a tela em branco. ou correr até o banheiro pra bolinas as tetas e nádegas da minha saboneteira.

    abraço

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  13. Bravo!
    Bravo!
    Bravo, meu querido Domingos!
    Acho encantador o fato de a poesia andar à solta, livre, leve, bisbilhoteira mesmo, ao seu derredor, de maneira a permitir que você quase tropece nela, fazendo gato e sapato das palavras, da rima, do ritmo, de tudo enfim...
    Domínio absoluto é o que você exerce!
    É demais, amigo, grande poeta!
    Abraço apertado da
    Zélia

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  14. Grande poeta e amigo Jorge Pimenta,
    são vestígios que nos redimem
    ...

    forte abraço.

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  15. Wilden, poeta atento,
    essa lambança criativa
    quando os neurônios entram em ebulição é toda a mágica à deriva
    ...

    forte abraço.

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  16. elevada poetisa e amiga Zélia,
    sempre me honra a tua alma poética
    a desvendar os meus caminhos invisíveis
    ...

    Obrigado por tua doçura e gentileza,
    abraço carinhoso.

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  17. Se o banheiro falasse...

    Adoro delirar contigo!

    Beijinho, poeta encantado!

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  18. o banheiro é a alma desnuda
    (rs)
    ...

    beijo carinhoso,
    sensível poetisa.

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