Ciúmes tenho apenas
das minhas botas sujas
debaixo da escrivaninha.
É um entrar e sair sem respeito
de dentro delas: insetos
de todas as cores
e iguarias.
De gente [pessoa de carne e osso]
não tenho ciúmes, desde o dia
em que conheci
uma fantasminha -
e quando ela suspira
vejo refletirem no teto
os seus sonhos:
luzes de neon formando
um lindo jardim de cemitério.
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