quinta-feira, 30 de julho de 2015

O poema não prescreve. Não existe uma data específica
A que depois o poema vire carvão e comida de traça
E acabe arquivo morto dentro de um armário cinza.

Escrito ou não, o poema não prescreve.
(Os autos estão sempre postos sobre a mesa)

E haverá o dia em que abrirá a porta
Do quarto, do baú, da gaveta, da tumba.

Baterá com os punhos dos seus dedos
No peito (no nosso peito de fantasma)
Fazendo aquele barulho seco.


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