domingo, 9 de agosto de 2015

A poesia não me deu dinheiro. Fama. Isenção.
Só algumas mulheres (em sua maioria loucas).

Graças a deus.

Uma tatuagem de marinheiro
No braço com fuligem e sangue.

Não sinto nenhuma elevação humana.
Também não há ódio de morte por não
Acender velas a ídolos nem jogar moedas.

Claro que é o meu umbigo.
Haveria de ser, ora bolas.
(Um egoísmo básico
De xamã trôpego)

Coisa de dar três passos pra frente
E dois pra trás a cavar o próprio buraco.

Gargalho pela estúpida segurança
Em saber que os meus ossos
Já se encontram separados
Em uma gaveta.

Não devo razão ao outro
Mas devo ao coração
Coragem, filho.

A minha morte será limpa.

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