Procuro com as minhas mãos
A bala de 44 entre as minhas costelas.
O último desencanto soube apertar o gatilho.
Mas o caminho é breve do saloon ao celeiro.
(Por onde pernoita uma camponesa sem abrigo)
Não fujo do calibre 44.
A dor é suspirar com a bala
Alojada entre as minhas costelas.
O meu cavalo é ligeiro.
Ainda hoje hei de atravessar
O rio dos comanches e vender as peles.
Não trago uísque.
Minha alma arde.
Mas o retorno à tenda
Do meu velho amigo
"Asas de Rapina"
Trará descanso
Ao corpo.
Não recusarei o chá de flores silvestres
Do meu velho amigo Asas de Rapina.
Ainda dói quando pouso a mão no peito.
E quando aperto o coração dói mais
O ferimento.
Creio que a bala
Muda de direção.
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